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A desertificação a nível global e as isolas de calor são efeitos do CLIMATE CHANGE e hoje em dia uma realidade também pela cidade de Lisboa. A luta à desertificação passa pela reflorestação, não interessando apenas as áreas rurais, mas também as áreas urbanas, sendo estas as mais afetadas pelas mudanças climáticas. Estudos sobre florestas urbanas e espaços verdes sugerem que áreas densamente plantadas podem reduzir as temperaturas locais em 2°C a 8°C. Dentro deste panorama insere-se a nossa proposta de qualificação de uma área da Freguesia da Penha de França com grande potencial para desempenhar esta função. Portanto, o projeto aqui apresentado pretende reflorestar a área identificada como expectante para devolvê-la a comunidade dos moradores da freguesia. A ideia é criar uma floresta urbana a ser futuramente integrada por uma piscina natural e por hortas urbanas. O processo de reflorestação de acordo com os princípios de Miyawaki - rápido crescimento a adsorção de dióxido de carbono - será coordenado por Forest Impact e irá proporcionar a criação de uma floresta num horizonte temporal de 10-15 anos. As florestas Miyawaki são uma abordagem única a reflorestação, priorizando o uso de espécies de plantas nativas, plantadas em áreas densamente povoadas para criar um ecossistema autossustentável e de crescimento rápido, que restaura a biodiversidade e melhora o ambiente natural. Este método foi desenvolvido pelo botânico japonés Dr. Miyawaki e tem tido sucesso na criação de milhares de florestas em várias partes do mundo. De acordo com os princípios de inclusão e da promoção e respeito da diversidade e multiculturalidade que caracteriza o bairro, a atividade de plantação desta floresta será levada a frente como processo participativo, com o objetivo principal de estimular a comunidade para o cuidado do espaço e para a cooperação. O projeto participativo será coordenado durante o primeiro ano por Rosa Arma (com experiência neste âmbito) e acompanhado por Forest Impact (que garante a coordenação da manutenção da floresta durante os primeiros 3 anos) com o intuito de estimular um diálogo intergeracional e intercultural. As atividades previstas serão levadas a frente em conjunto com os moradores, tendo como público-alvo preferencial as crianças das escolas da freguesia (do primeiro e segundo ciclo do ensino básico) e as suas famílias. Prevê-se realizar o seu envolvimento através da proposta de atividades extra-curriculares estruturadas num serviço educativo para um maior conhecimento das plantas e para experimentação (mãos na massa) das atividades de plantação. Serão plantadas 600 plantas entre árvores, arbustos e herbáceas, com cerca de 20-25 espécies nativas e com uma taxa de sobrevivência de 75-80%.
Proposta indeferida por se tratar de terrenos municipais.